quinta-feira, 2 de abril de 2009

Falências: Acção consertada?

Digamos que ...
esta série a que assistimos, de "falências" em cadeia, é uma acção consertada. Não pode ser por acidente que, algumas firmas que em 2007 tiveram lucros históricos, de repente, um ano depois, estejam na ou à beira da falência. Também não me parece que o facto de Durão Barroso ter sido escolhido para a presidência da União Europeia tenha sido por acaso.
A prepósito: conhecem alguém, no vosso círculo de amigos, que tenha deixado de comer, de andar calçado, de ter automóvel, de ter televisão ou computador, de ter telemóvel e tudo o mais que habitualmente, nos tempos que correm é vulgar ter-se?
Então como se justifica que as empresas (de repente) tenham necessidade de encerrar?
Perguntem às pessoas vossos conhecidas, que tenham tido o azar de estar numa dessas empresas, se o produto não saíu, isto é: se as empresas não conseguiram vender os seu produtos, se têm os armazéns cheios e não realizam negócios, e vão verificar que, na grande maioria das situações, isto não acontece.
Sendo assim, começa a fazer algum sentido o título desta mensagem. Que se passa na realidade (salvo algumas excepções, naturalmente)?
A que propósito resolveram "sacar" dinheiro ao estado e o estado aceder a estas exigências?
A que propósito se assiste todos os dias ao desmantelar das regalias da chamada classe média?
A que propósito, especialmente na altura das negociações tarifárias, se provoca desemprego e, consequentemente, se reduz a segurança, as regalias e se desencoraja as renvindicações dos seus empregados?
A mim parece-me que o fio das respostas surge sem meditar muito.
Digamos que ... há aqui, de facto, um tipo de actuação que só pode ser combinado para se atingir, a favor dos "eleitos", uma situação previlegiada, a criação de modernas castas, um estatuto superior, a que "os tais" se julgam com direito.
Não sei se o vulgo cidadão poderá fazer alguma coisa para inverter o que suponho ser a realidade dos factos, mas há que estar atentos e, quem sabe, vir este a ter necessidade de fazer alguma coisa para repor a sua dignidade na sociedade e na vida.